Por Carlos Bernardo Gonzlez Pecotche (Raumsol) 1qv73
O mundo interno est formado por nossa vida mental e psicolgica, por nossa conscincia, pelos pensamentos e pelos sentimentos que atuam na regio sensvel de nosso ser.
Nada existe de mais real e mais positivo, dentro das possibilidades humanas, que a prerrogativa estimulante de conhecer o prprio mundo interno.
Evidentemente que no se trata apenas de itir verdades. Trata-se de penetrar nelas com o entendimento e, para isso, temos de nos valer de todos os elementos que conformam harmoniosamente a unidade dessa verdade, mesmo quando tais elementos apaream dispersos.
A ningum est vedado criar para si o mundo interior
Esse mundo no abarca unicamente a prpria vida, seno que a ele pertencem os seres que amamos, as coisas que nos so queridas e toda manifestao que mantenha contato permanente com nosso pensamento e nosso sentir. Nele so vividas as emoes que a alma experimenta, sejam elas doces ou amargas, com plena conscincia de suas causas; vive-se com os pensamentos, e esse ntimo contato com eles serve de poderoso estmulo para as funes que devem ser desempenhadas em favor da prpria vida e, tambm, dos seres vinculados a ns mesmos, que deleitam seus espritos com o bem que lhes oferecemos. Quando esse mundo j se acha constitudo, jamais se est sozinho, e sempre sobra tempo para auxiliar aqueles a quem seja necessrio ajudar.
Nessa fronteira ntima que demarca os limites do mundo interior, cada alma reina soberana. Penetrar nele sem o consentimento expresso de seu dono negado ao homem; e, mesmo contando com ele, ter de limitar-se ao que lhe seja possvel compartilhar. Esse mundo torna-se um paraso quando se sabe cuidar dele, quando se sabe proteg-lo de toda intromisso estranha; e um inferno quando se permite, faltando s normas que a discrio impe, que ele fique exposto avidez alheia.
A vida interna inviolvel; sua virtude a discrio, que a ampara contra toda eventualidade; seu encanto est em seu segredo, que somente o dono dessa intimidade conhece e desfruta.
Somente nos internando dentro de ns mesmos que se torna possvel conhecer nosso prprio esprito; e a conscincia que cheguemos a ter de sua realidade e de seu poder nos ajudar a abrir agem e a andar serenamente pelo mais formoso dos caminhos.
(Extrado do livro O Senhor de Sndara, pg 289, 290, 238, 372 e 484)
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